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01 outubro, 2009

Estranha Mutação


Eu sou uma estranha aqui em mim mesma.
Odeio o que fui ontem; tenho ânsia do que serei amanhã.
Agora sou apenas um passatempo.
Uma mutante ESTRANHA.
Uma constante metamoforse
Com a exceção da beleza das mariposas,
O Amor é a minha única paixão.
É a única coisa da qual tenho certeza.
Se eu não persigo o que quero,
Nada permanece em mim além do que não quero.
Os defeitos me agarram como náufragos a seus botes.
A vida me combate, com punhos e pés.
E eu me estranho a cada instante.
Uma hora me machuco, sangro, outra hora me choro.
Quando finda o dia (que às vezes dura semanas),
Nada mais está como antes.
Percebo: se há a dor, há o choro, e depois o descanso.
Se não há, há sempre outra dor, sem choro, sem descanso.
Assim as minhas sete vidas se transformam.
Faço parte do que parte. Nem sempre sou o que quero.
Faço–me e desfaço como a onda na praia.
Uma hora sou outra não estou, e depois sou de novo...
Só que diferente do que era antes.
Divido-me em sete partes toda semana.
Minha parte de hoje já mudou.
Como muda o ângulo do qual me observam;
Ou como muda a distância da qual me olham.

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