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27 junho, 2012

Estranha Utopia


Aqui,
entre as quatro paredes da minha mente tu deslizas
como gotas pela minha pele
como se eu estivesse entregue a uma tempestade.

E te sinto,
sem que me toques,
como se fosses chuva acariciando meu corpo.
Me cantas ao ouvido, e acalmas minha alma como se de música fosses feito,
moves-se em mim, como se fosses o ritmo de uma dança mística...

Ah, e eu desejo-te...
E por tanto desejo surges logo á minha frente como não mais que uma ESTRANHA utopia,
como um sonho realizado, como um poema cravado, ou como uma aposta ganha.

Apareces-me como uma visão, e eu agarro-me febril ao corpo que minha mente criou, e abrigo-me entre os relevos do seu rosto, e aspiro os aromas que pertencem unicamente á ti, vou criando-te - homem - diante de mim, moldando com minhas mãos, meu vazio, que conhecem de cor as formas da tua sombra, contornos que apenas eu sei, olhares que apenas eu vejo.

Dou-te sons de voz e respiração
com decibéis inaudíveis, que apenas eu ouço.
E eu, agora, desejo-te inda mais como o poeta concebe com dor e prazer o seu desejado poema,
ou como só um criador pode desejar a sua criação...


Krol Rice

17 junho, 2012

Desabrigo


Nesses dias em que me vejo
Sem nenhum teto e sem um chão,
Dá-me uma morada em tua mente
Que fui despejada de teu coração... 

(Que teu futuro me reserve então.)

 
Krol Rice