Pesquisar este blog

26 maio, 2009

Fogo Nada Estranho

Eu fiz versos tão escuros
como se eu nunca visse a luz,
E esquecesse de algo a me queimar.

Por isso é que agora vivo
Sete vezes, em sete dias,
Em quantas semanas eu o desejar.

Voltando do frio,
De calor envolta,
Relembro a cena da minha volta:

“No tédio da noite,
Lembro da sua réstia
Naquela luz apagada
Que aos olhos dele clareava antes,
Da chuva escorrendo do telhado,
Do som... Que antes molhava... Esqueci...
Lembro de esquecer minha vida dantes. "

Recomeçando das cinzas,
No seu fogo queimando,
Por ele vou renascendo
A viver, voltando.

Depois disso, penso que eu,
Sou fênix que morre e volta
Depois de queimar no fogo dele.

Agora penso que essa vida
É onda que vai e retorna,
É esse mar que nos embala nele.

Ninguém foge da vida que deseja.
Não fujamos desta.

19 maio, 2009

Rondó de Efeito

Eu disse que ele era bonito (piegas...).
Encarei tímida, sutilmente: (demais da conta)
Aí, disse que ele era (é!) muito (...),
Que o queria enlouquecidamente...
-Inútil!
Grande feito? Não!
Tá, não fez efeito...

Depois, me deu fastio, calafrio, insônia.
Voltei a bancar (a) sentimental...
Fiquei poetisa de tudo o que porcaria.
Gritei, chorei, dancei, passei mal...
-Inútil!
Grande feito? Não!
Ai... Não fez efeito...

Então, eu dei em cima mesmo:
Virei malandra, bandida...
Non soy rebelde virei a cabeça e o copo:
Li porcaria, xinguei, mordi, fume...
-Inútil!
Grande feito? Não!
Baralho, não fez efeito...

Já que não tem jeito, agora eu sou louca.
A assassina dele no meu peito...
Depois que o insensível me matou sem dó,
Vou pegar-lhe, e de jeito...
-Inútil!
Não... Grande feito!
(Aliás), e que efeito...

13 maio, 2009

Teu Culto

Como um deus, faça meu mundo,
Peço-te que dês teu ar
Para ser meu fôlego de vida.

O que eu mais quero
É este momento divino:
Agora, estou a te adorar.

Não há outro mundo senão esse
Onde é o deus que se ajoelha,
E a mortal é levada ao paraíso.

És agora onipresente,
Cada centímetro deste corpo
Pressente teu toque de delírio.

Como onipotente,
Prende minh’alma num abraço,
Confunde meus beijos com os teus.

És onisciente sobre meus desejos,
como humana, meus cinco sentidos
Falam por mim, nós sabemos.

Como a cheguei a adorar
um amor que deixará
meu mundo em caos
quando me deixar?