28 fevereiro, 2012
27 fevereiro, 2012
Sétimo Céu
"Maldita essa escada que cansaria até os anjos!"
23 fevereiro, 2012
Falta de Poesia
quando
menina
corria de bicicleta
para contemplar:
um menino de olhos castanhos.
rua, sol, estrelas
ciúme de brincadeira alheia,
as horas corriam
estrelas acendiam.
sangue em curativo de panos.
pisa de pai, de mãe
amizade etérea
sem o amor Nato.
só espírito enamorado
corria de bicicleta
para contemplar:
um menino de olhos castanhos.
rua, sol, estrelas
ciúme de brincadeira alheia,
as horas corriam
estrelas acendiam.
sangue em curativo de panos.
pisa de pai, de mãe
amizade etérea
sem o amor Nato.
só espírito enamorado
21 fevereiro, 2012
Medo de Pesadelos
“Eu hoje tive um pesadelo/
E levantei atento, a tempo/
Eu acordei com medo/
E procurei no escuro/
Alguém com o seu carinho”
Cazuza
Nada além mais... Somente a dúvida fere o meu coração: o peito aperta-o e a minha respiração mal se sente. Esqueço tudo e salto da realidade, e sobre salto, desaperto o botão de cima da saia e corro feito uma doida qualquer. Estou bem assim para você? O que achas?
Penetro o sentimento, forte por sinal, de tanto aperto no coração. Caminho na realidade, e choro nos sonhos, e tremo o tempo todo até o fim da tristeza.
Apenas vivo no sonho de invadir teus sonhos. Porque nos meus sonhos, eu sem saber o porquê, desenho a chuva com pintas de saudade, e em tons de guerra pinto as nuvens, e o com o resto das cores, coloro as minhas mágoas, e o teu amor que deveria ser o mais vívido, deixo transparente. Desses sonhos trago para a realidade do meu travesseiro minhas lágrimas como souvenir das dúvidas. Acordada, enterro-as no branco do papel.
O tempo muda, chove, ficam chuviscos na imagem da TV. Desligo-nos.
No reflexo da televisão desligada me observo quieta e abraçada às minhas pernas finas pelos dias que passo a fio. Trovões rompem-me o tímpano em gritos de solidão. As dúvidas me atingem como raios de receios. Sofro medos de dormir sozinha abraçada á pesadelos. “Sweet dreams are made of these...” Apago a chuva, os meus sonhos, e corro direto para os teus...
Me aguarde á noite.
17 fevereiro, 2012
Bom Tempo
"A vida é uma lousa, em que o destino,
para escrever um novo caso,
precisa de apagar o caso escrito."
Machado de Assis
Ele foi se achegando devagarzinho, travesso que só ele mesmo falando de coisas que me levavam a pensar na sua juventude tão cheia de sonhos e planos... Começamos com uma brincadeira infantil até que estranhamente os laços foram se apertando, e o que era um amor de sonhos passou a ser um sonho de amor. Suas palavras beiram às vezes a uma infantilidade invejável e a maturidade de quem viveu a eternidade em vinte anos e oscilam desde a fragilidade de menino, a uma atitude divina relegada somente aos grandes homens.
Demorei a encontrá-lo, mas o tempo é marcador de épocas e mundos diferentes. Não pode nunca o passado misturar-se com o futuro nem tampouco o futuro sonhar com uma vaga no passado. O que é um confronto de ideias bem interessante. E eu aceito como um presente para meu presente e para o futuro. Antes o que achava um pouco estranho, hoje já não acho nada estranho... Eu só o amo para sempre, e é melhor, bem melhor esse tempo de agora...
02 fevereiro, 2012
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