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26 maio, 2011

Soneto do Beijo Cedo



 "Te amo, 
beijo em tua boca a alegria."
( Pablo Neruda )

Sei da química feita que compõe a saliva
Que no beijo, ele derrama quando me beija
Em não acertar a louca boca, quem se queixa?
Não faz doer quando queima em brasa abrasiva


Sei bem d'onde vem a energia que lhe inflama
Em que lugar, (exatamente nele), esconde a pilha.
Quando ele beija, minha língua teimosa o dedilha
Explicar-se-ia meu estranho arrepio em plena chama?


Há motivos demais para lamber-te a boca:
Meu alimento, sem o qual morro á míngua
('Inda uso clichê ao dizer que me deixa louca).


Há motivos demais para beijar-te a língua:
Tantos que mal te pronuncio, te falo rouca
Por vergonha da intenção quando falo ambígua...

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