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11 janeiro, 2011

Finos & Mendigos



Marilyn Monroe
Tem um chupão no pescoço
E uma marmita anos 60
Decorada com sua própria imagem
E anda mendigando ao seu público
Acenando toda miss com olhar desnorteado
Com um gesto culto de enfado

Charlie Chaplin
Tem uma vagabundagem respeitável
Vestido em seu terninho preto
Lábios franzidos escondido por um bigodinho de Hitler
Ele está ali pelas todas as mesmas razões
Que quase a Marilyn o dela cobriu
Quando seu leve vestido subiu
 


Krol Rice

5 comentários:

João Maria Ludugero disse...

A finesse baila na ponta dos pés
que saltam íngremes e revoltos
a se equilibrar bêbados a fazer o oito e pintar o sete numa filmagem
feita a tantas saias de Marylin, tênues luvas e cartolas
que nem mesmo Midas invejaria o frasco de veneno ou estricnina que se apossa dos corpos suicidas no parapeito da ponte-vida dos insensatos corações que vivem de migalhas, de pires na mão a implorar por socorro de outras pobres almas penadas, afoitas por morrerem de aparências.
Triste é não se ver no espelho, quando os olhos se quebram em supérfluos relexos que nadam em águas turvas sob a falsa imagem de Narciso.
Vir à tona é acordar e numa instrospecção factível se beliscar e poder sentir que ser feliz de verdade pode estar não apenas no ter, mais no ser, que do/ente.
Assim, podemos ser finos, ricos e coerentes, a comer o pão que a vida nos dá pra amassar, e não se contentar apenas com seus dourados farelos.

João Maria Ludugero disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
João Maria Ludugero disse...

Onde se lê: relexos,
Leia-se: reflexos.
Abs,

Lara Utzig disse...

Uau, poema vintage esse hein. Adorei, te sigo =)

CÉU ROSÁRIO disse...

(¯`v´¯)
`·.¸.·´
♥Bom fim de semana!
¸.·´¸.·´¨) ¸.·*¨)
...(¸.·´ (¸.·´ .·´ ¸¸.·¨¯`·.♥ ♥Mil beijinhos