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01 outubro, 2010

Ponte Sobre Abismo



No fim desse horizonte
Existe duas linhas de teu sorriso
Ligando os extremos do precipício
Entalhando uma ponte.

Equilibrado sobre meu corpo
Entre um e outro seio
Teus lábios passeiam no meio
Num longo descanso absorto.

Meus pés estão a desequilibrar
Mas se eu a cair hesitar
Atire-me depressa
No abismo desse teu olhar...  

Um comentário:

João Maria Ludugero disse...

A ponte. Intermédio. Ligação e no meio pode estar o vão: o que sobeja vento na cara das horas. E lá se vamos nós, desatando em vez de cortar os elos que podem desatar nossos sonhos acordados...
Triste de quem já acorda cedo e deixa o sonho adormecido no escanteio do coração... Feliz de quem observa essa ponte e não tem medo da altura do mergulho, porque cria asas na hora de decolar.

Entre os seios vem o parapeito da ponte e voar faz parte de quem traz essa ponte bonita no olhar... Não é de se 'estranhar' que criaturas assim não apenas andem, porque elas vão andar, e voam... E voam longe, sem medo de levantar voo! Porque elas vivem...de verdade. Fortíssimo abraço.