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09 novembro, 2009

Sete - O Conto do Amor Verdadeiro


No conto do mentiroso perfeito
Conte as sete vezes sete
Que tenho que ser perdoada
Por ter mais que sete pecados,
Embora nenhum fossem capital
Oscilando entre o céu e teu paraíso
Paguei um a um como infernal.

Conte em seis dias de criação
Da luz até a mulher tirada do homem
E no sétimo que é de descanso
Descanse em meu mundo recém criado
Pra que não ficasse só, Deus criou-me
E ao invés da costela, teu coração foi tirado.

Conte os cinco dias inúteis da semana
Que já amanheço antes das cinco
À espera de alguns dias úteis
Distraio-me a algum custo
Contentando-me com cinco minutos fúteis.

Conte as quatro paredes de onde me expulsaram
Pelo o meu único acerto nesse jardim
O pecado de te ter amado
E ainda o trancaram com quatro querubins.

Conte os três dias de luto em que o mundo ficou
Chorando pelo amor que morreu de paixão
Mas no terceiro dia ele ressuscitou.

Conte os dois estranhos de prazer sorrindo
Dois corpos se fundindo.

Conte um único amor para tudo...


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