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01 agosto, 2009

Devorar-Te



"Teus sinais
Me confundem da cabeça aos pés
Mas por dentro eu te devoro...”
 (Djavan)


Se vais deixar que eu te devore,
E mate minha fome de ti, quero na realidade
Devorar-te completamente, de uma vez.
(Juro não deixar-te-ei pela metade).

Metade você nem é, nem o quero assim.
Comerei quente ou frio (com brutalidade),
Não te transformarei em sobras.
Matando toda a minha vontade,

Não tenho mais medo do depois,
Do prazer que terei ou da infelicidade.
No depois já estarás dentro de mim.
Assim devorarei logo, sem piedade.

Eu comerei a começar pelo olhar
Que incredulamente lê minhas verdades;
Morderei teus lábios, tua pele, teu corpo,
Não mais com desejo. Com ferocidade

Eu beberei teu sangue, e suor,
E olhar, pensamento, e sanidade,
Teu ser, e estar, e o teu querer amar,
Todo você com toda intensidade.

Estou pronta a digerir o mais duro de ti:
Tuas fraquezas, tristeza e vaidade;
Rasgarei nos dentes teus desgostos,
A fome causou a minha agressividade

E antes que te arrependas,
Te devorarei com agilidade
Para não implorar por teus restos.
(O que não é nem ao longe minha prioridade).

Se quiseres me deixar te devorar,
Então que decidas com brevidade,
Antes que tu me mates,
De fome. Ou de ansiedade.

2 comentários:

Unknown disse...

adorei seu blog vc e d+ valeuu

Unknown disse...

q amar nao e so gosta de uma pessoa e um sentimento de carinho, confraternidade , e sobre tudo amor verdadeiro