“O amor é como fogo: para que dure é preciso alimentá-lo.”
François La RochefoucauldEnquanto não te vejo, meu sangue ferve e vai espalhando-se um fogo no meu peito. E esse fogo queima-me as horas num quarto sem cama, nem corpos para arder. Somente o coração arde por dentro, a transpirar para fora o desejo de voltar rapidamente onde pertence por inteiro e eternamente. Regressas-me com a urgência da vontade em que me consumo nos pequenos espaços de tempo que te ausentas de mim.
Neste desassossego constante do que te tenho e do que me faltas, perco horas a inventar-nos na intensidade de encontrar-nos. Imagino-te a arder no mesmo incêndio que em mim é impossível conter, é a razão é que nenhum de nós sabe controlar o que o corpo, a alma e o coração controlam.
Amo este calor que me queima sem me aquecer a pele por dentro e por fora à tua espera. Amo este do fogo que arde sem se ver quando sozinha ando por entre pensamentos. Mas prefiro infinitamente o incêndio que somos um no outro, cada vez que compartilhamos todo o estado líquido em que nos confundimos num mesmo corpo derretido em prazer. E é bem no início desse fogo que te espero: Com o combustível capaz de explodir-me o peito...
Krol Rice Chacon
Um comentário:
Hm... dei valor.
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