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01 outubro, 2010

Ponte Sobre Abismo



No fim desse horizonte
Existe duas linhas de teu sorriso
Ligando os extremos do precipício
Entalhando uma ponte.

Equilibrado sobre meu corpo
Entre um e outro seio
Teus lábios passeiam no meio
Num longo descanso absorto.

Meus pés estão a desequilibrar
Mas se eu a cair hesitar
Atire-me depressa
No abismo desse teu olhar...  

27 setembro, 2010

A - Mar


Tua praia
minhas encostas

Nossos pedidos
mãos postas

Nosso desejo
tua proposta

Teu peito
minhas costas

Tua pergunta
gemo resposta

Minha fome
te destroça

Teu prazer
vem, demonstra

Meu amor
nos amostra

Tua paixão
nus encosta

Minha praia
tuas encostas

13 setembro, 2010

Estranhos Ébrios



"Beije-me (...)
porque teu amor é melhor que o vinho.”
(CANTARES DE SALOMÃO)

‘-Beije-me!’
Sem a insígnia das palavras:
Apenas calados,
Com corpo e corpo cálidos,
Sem falas maiúsculas - calas
'-Vem, beije-me... '... Olhos, aroma, sabor e tato.
Olhar vidrados e fechados
E vê a contínua volúpia entre o tEu e Eu,
Entre o chão, paredes e o teto...
'-Ah... Beije-me... '
... E já é atração, ósculos
Respirando - aspirando
Este cheiro doce - alucinando,
Embriagando meu corpo minúsculo;
E estes suspiros me ofegando...
'-Continue, beije-me!'
... E esta língua me inebriando,
Embebedando mais que vinho,
E a sede deste gos(t)o te mordendo...
'-Mais! Beije-me...;
...E já são pressão de músculos e mãos,
Prisão de braços e abraços...
Sinceros nesta ínfima distância entre nós?
Somente suor, calor, lábios e lábios...
Outra vez ‘-Beije-me... '


09 setembro, 2010

Cantando Para o Salva Alma



Um par de saturnos presos no teu rosto...
Procurando uma sobrevivente numa noite cinzenta


Tudo meu foi devastado, mas ao que parece, sobrevivi...
A minha tristeza não passou de passatempo


Tuas luas me acham e ofuscam minhas métricas...
Quem diria o amor poder me abalar


Quando me encontraram, eu me afogava em lágrimas
Meu signo de peixes foi salvo por um salva-almas

31 agosto, 2010

Paixão no Ar da Chuva


Ao longo do lago, antes da divisa com o céu azul,
eu sempre me perguntei como seria voar,
como essas coisas que não podem saltar o mais alto
e a única coisa que sai do chão é um suspiro...

Eu também quero voar, eu acho
Igual como eu vejo no voo do pássaro
Que voa além da minha visão
Em frente do pôr da estrela mais brilhante.

Eu sou bonita, não sou?
Dançando na chuva, sem ouvir música alguma
Como eu vejo ao meu redor, os outros que se encontram
Haveria alguma alegria para a chuva com a vida seca?

Largue de ser louco! Exclamei.
Louco quando compõe sons com a boca,
Para mim, para meus ouvido e meus olhos se divertirem...
Dance, dance meu amor, dance enquanto chove!

Uma paixão enorme não cabe em um diário...
"Posso ser o que você quiser, é só pedir e eu serei."

01 agosto, 2010

Ao Inverso



Se o mundo estivesse
Virado ao inverso
A cabeça não estaria nas nuvens
E tu que me escreverias versos
Quando a manhã chegasse
Com o pôr-do-sol
Correriámos abraçados
Com jatos de chuva
A regar os nossos pés
E lá em cima, o nosso céu,
Todo azulzinho
Ainda seria infindo
Coberto de mar e areia
E nós o observariamos deitados
Sobre um campo de estrelas...
Krol Rice

15 julho, 2010

Louco Faminto


Um ronco,
Uma trovoada no meu coração!
Palpitante, o que tens?
Hoje, Inflamado
Despertou-me gemendo, 
Tirou-me da cama
Clamando em desenfreada pulsação.
Insensato, agonizando desesperado,
Recusa-se acalmar-se no peito,
E faz-me perder o sossego e a razão.
Por favor,.
Pare de me atormentar, 
Senão vou enlouquecer, 
Já a delirar, fico a suspirar:Aquieta-te, louco. 
Breve serás alimentado.
Krol Rice

10 julho, 2010

Páginas Passadas

As cartas antigas ainda não rasgadas,
As folhas secas que inda não soltaram os galhos
Palavras no caminho, como pedras pesadas
Tantas coisas para dizer sobre páginas passadas
Sobre sua cor amarelada,
Sobre as lágrimas sobre elas jogadas

Como um peso jogado em minha cabeça,
Todas as falhas no meu passado
Tornaram-se um estigma em mim.
Como sujeira em meus pés
Tudo isso agora pode ser lavado,
Com as mãos postas,
Por alguém ajoelhado
Cantando uma canção humilde de perdão.
Todos as falsas promessas e votos,
Inscritas nas páginas já lidas
Pode-se apagar e recomeçar

Krol Rice Chacon

24 junho, 2010

Just You and Me


English Version

With a smile which one can rely upon and a glance of luminous eyes, you held my hand for the first time and assured me that someone is here...
To fill my moments with laughter and fun... To brighten up my days with warm and caring love and kisses...
And you gave me hope when there was no one else and the strength to go on with my life...
You changed the black sun rays of my life into yellow hues of cheerfulness. Now when the rain is raining, are droplets of happiness on me...
My heart is lost in its sweet love and It desperately yearns for you... I want you so much, and seem as no have one else in this world:
Just you and me, and these shadows of the stars in the sky...


Krol Rice

15 junho, 2010

Estranhos Fatos

O que você pensa ser o destino,
É só um ponto, quando a vida pára,
Ninguém se importa, você passou como uma data,
Do lado esquerdo da folha, com minutos findos.

O fato é que o tempo muda, o destino muda a mente,
A mente muda as pessoas, e as pessoas não mudam os fatos,
E os fatos são o poder que aos outros nos mantém ingratos,
Mas é uma coisa abstrata, não podemos ser permanentes.

O destino é único, pois não tem clone, nem afine,
E não há ninguém com você, você está sozinho,
Todos são bons amigos, na parte boa do caminho,
Mas de fato, você é olhado como qualquer em uma vitrine.


05 junho, 2010

Suposições do Amor


(Sob 'Reconhecimento do Amor’, de Drummond)

Minha paixão...
São tão estranhos os destinos da amizade.
Não aparecestes com palavras suaves.
Trazias os olhos pensativos,
Nenhum olhar para mim.
Eu trazia a espera dos desencantos de ilusões.
Não pedias nada,
Não reclamava.
Não pedi,
Não ouvi.
Eu culpava tudo pelos meus desencontros.
Queria, talvez, sem perceber (eu juro!):
Mudar de mundo,
Fugir;
Te esconder dentro dos meus desencantos,
E angústias,
E enganos,
Que doíam por mim desde quando nasci,
Ou em qualquer outro momento
Atemporal.

Como me enganei fugindo do amor!
Como o desconhecemos,
Talvez pelo medo de seu domínio,
Seu despotismo,
De seu absolutismo incrível
De glória e lágrimas.
Entretanto ele chegou,
E me envolveu.
Docemente,
Sutilmente.
Não queimava como eu acreditava,
Não doía como eu temia.
Sorria...
Estranho...
Mal entendi (tonta que fui) esse envolvimento.
Ferí-me pelas minhas próprias mãos;
E pelas palavras das bocas e mãos de outros;
Não pelo amor que trazias para mim,
E que tua boca confirmava junto a meus lábios
Na estranha procura do outro.
O Outro que me supunha,
O Outro que te supus.
Quando - pedido pelo amor - supus sermos um só.
Agora (e para sempre)
Paixão minha:
Nem olhar precisamos ter para ver,
Nem ouvidos para captar
O domínio, o absolutismo da vida;
Perdidos que estamos, nem mesmo somos nós.
A sós:
Somos perfeitamente: UM só...

03 junho, 2010

Em Nome de meu Amor


Amo escrever-te, amor,
passar os dedos, as mãos e senti-te.
virar a página com os dedos lambidos
adormecer com teu nome escrito
sonhar e voltar a sonhar
e acordar
bem ao nascente
lindamente avermelhado
e sem querer, recordar
que ontem eu amanhecia
longe de mim mesma
numa vida vazia
e hoje amanheço
pertinho de ti
com teu nome na mente como um som
e um sorriso esboçado nos lábios
que depois serão beijados.

13 maio, 2010

Triste Insônia


É triste
Que nem todos acreditem em sonhos,
Que os pisem antes deles alçarem voo,
Que os deixam perder-se antes de dar-lhes forma.
Certo que futuro nem todos têm,
Mas eles sempre velam nosso sono
E nunca nos deixam,
mesmo na insônia da descrença...

06 maio, 2010

Estranha Timidez


As palavras mais ousadas
Escondem-se dentro da boca
Todas tímidas...
Os desejos tão furiosos
Queima a pele,
Faiscam nos olhos,
Molham mãos...
As mesmas mãos que trancam toques.
que seguram desejos.
Esta timidez
Estremece os dedos,
Que estremece todo um corpo
Todo interligado por tênues fios
Condutores de loucas ânsias,
Todas elas tão prisioneiras
Por detrás destas pálpebras,
E o querer tão violento cede...
Parece vencido,
E se cala (não) tão frágil
Latejando frágeis lábios...


24 abril, 2010

Minha Porta, Tua Chave


"Você fica bem beijando minha boca:
Olhando de qualquer ângulo
Se encaixa como uma chave se encaixa na porta
Digamos que eu seja uma chave
E você seja a porta..."
PH

Estavas a espreitar pela fechadura
Por detrás da porta
Meu interior empoeirado,
Um coração trancado,
Um sonho acabado,
Estraste
Senti-me invadida,
Mas não violada
E contigo
Entrava a a luz e a brisa
Sem pular janela,
Sem forçar a fechadura
Você tinha a chave da minha porta...



Krol Rice

06 abril, 2010

Águas de Abril


Porta entreaberta, réstia de sol,
Fazendo estrelas da poeira que dança
Te pego pela mão e te levo
E nos juntamos a elas feitos crianças,
Rabiscando na calçada castelo e floresta
brinca e junta os pedaços de giz
Desenha o céu no chão
De ontem e de agora pra compor nossa história
E contá-las depois, quando for avó
Chega água de cima pra baixo
O sol vai embora, não vai só
Vai poeira, ou estrelas, ou memória
Fazendo risco no chão de um caminho pro mar.
Que hoje tem fim no contar de alguns passos,
Nós, tão crianças corremos a janela
É por ela, é na fresta, que ainda temos sonhos
E centelha e poeira e estrelas
Deixo a porta entreaberta para o sol,
Se voltar após as chuvas de modo sutil
As águas de Março caíram em Abril...
Krol Rice

03 abril, 2010

Para as Horas de Saudades




Posso morrer de saudades suas meu amor...
Por acaso, se eu morrer antes de voltar a te ver,
É porque você tirou em seu beijo todo meu ar.
Ficar longe de você é como viver sem respirar...
Krol Rice

23 março, 2010

Pedinte de Abraços


Desejava algo para acalmar meu coração
Calar a angústia, lançar fora o receio, o anseio
Afagar o seio, atender minha oração,
Curar mágoas, a desilusão, o medo, o desespero...

Então abrace-me e acalme meu coração amor,
Abraça-me forte, até eu me desfalecer nos teus braços
Abraça-me... Me abraça com teu calor.
Me abraça, até eu rir, morrer de rir no teu enlaço...

Abraça-me até que sacie de vez meu desejo
Até que os dias se findem comigo ao teu lado
Até que eu encontre afago infinito no teu beijo
Até que eu renasça outra vez nos teus abraços...

Riceli Chacon

22 março, 2010

Tercetos Carinhosos

Eu, que sou apaixonada,
Levo-te alegrias
Se a tristeza chega do nada...

Quando percebo traço de preocupação,
Faço-te calmaria
Sigo tão somente meu coração...

Se os momentos trazem a você saudades,
Perfumo-te os dias
Revisto-me de felicidades...

Você é perfeitamente minha parte mais bonita,
Completas-me a vida
Fazendo-me tua metade favorita...

20 março, 2010

Perfeição da Felicidade (De uma Manhã)



Um dia quando a felicidade
For a única regra da manhã,
Será porque estarei acordando contigo
No mesmo quarto,
Entre os teus braços,
E a luz do sol compreenderá
A impossível compreensão do amor
Por detrás dos teus olhos
Perfeitamente castanhos
Um dia a chuva não trará mais o frio
E o inverno será sempre distante,
Estarei contigo na mesma cama
E cantarão pássaros detrás de nossa janela
Haverá flores, e romantismo,
E todo aquela perfeição de filmes
Mas nada disso será culpa minha,
Porque eu acordarei nos teus braços
E só!
E não direi nenhuma palavra,
Nem mesmo o EU TE AMO
Nem o princípio de uma palavra,
(Poderei não está dizendo nada
diante do tamanho deste amor)
Não falarei ambiguidades
Para não estragar nem por instante
A perfeição da felicidade...


Krol Rice

19 março, 2010

Esperança na Janela

Esperei encostada a janela
Certa de que por ela, ele iria entrar,
E por ela não entraria mais apenas a brisa,
Ou a noite, a chuva, ou o frio,
Mas que sairia meu triste passado através dela...
Esperei com paciência pelo amor,
E ele se inclinou para mim
E docemente me invadiu: entrando por minha janela.

14 março, 2010

Paraíso Entre o Céu e o Chão



A noite revelou a escuridão do dia,
E caiu literalmente a centímetros do chão
Enquanto meus olhos refletem sua imagem.
Via e refletia, pois tinha
Duas luas na superfície do meu corpo,
Do suor fazendo espelho na pele.
O céu tão perto do chão ou o inverso,
Já que parecia necessário nós dois ficarmos tão perto
Apertados. No apertado de braços entrelaçados,
No laço de pernas, no enlace de lábios...
Todo o dia o dia espera mostrar a escuridão da noite...


08 março, 2010

Foi Pra Não Dizer Adeus



Olhava tanto as nuvens no céu
Passarem tão lentas em sua cabeça
De queixo tão erguido de orgulho
Que acabou não sentindo
Que a vida corria rápida ao lado
E que eu estava partindo...
Krol Rice

17 fevereiro, 2010

As Duas Metades Do Meu Eu: Você e Eu


Meu eu sem sua metade não sou eu
Só a parte não existe eu
Eu sem ti não existe eu
Tu és a metade do meu eu
A outra parte do meu eu
Com a outra parte minha metade sou eu
Só contigo existe eu
Eu sou eu
Eu só sou eu contigo

07 fevereiro, 2010

Dedicatória Para um Romance



Amor: Descobri que estava apaixonada quando interrompi a leitura de um romance aí. Fechei o livro e os olhos e me vieste á mente. Descobri que agora a minha história de amor excede qualquer outra já escrita.

22 janeiro, 2010

Photografia Comum



Algumas coisas nunca se deixam revelar-se por inteiro.
O milagre do mistério, e do descobrimento lembram muito uma foto Polaroid: Uma imagem que vai revelando-se aos poucos.
É como os sentimentos que vão se demonstrando aos poucos...
Como alguém que pode se d e s m a n c h a r lentamente, e se refazer subitamente por alguém...
Algumas coisas se escondem e se distanciam do que realmente são.
Algumas pessoas se escondem, e escondem o que realmente sentem...
Mas isso não é só uma mera fotografia - Isso pode ser a vida.


02 janeiro, 2010

Silence Accepted




-Do wanna date me?
(Weeks in silence...)
-Do wanna date me?
-Yes, i want...
-I love you.
-Me too!
-Love you...
(Kisses in silence...)

Krol Rice