“Deve-se temer mais o amor de uma mulher,
do que o ódio de um homem.”
Sócrates
Qualquer dia desses, eu estiquei
o braço com o dedo em punho, e furei as nuvens só para espiar o céu. Gritei por ti, e a minha voz pareceu com um trovão assustando o Japão. Sem muito
esforço, mexi na lua que estava muito fininha e aquela noite merecia uns flashs
de luz, aliás, noite que eu fiz de uma tarde que tava com um sol de rachar
minha pele morena
.
Odeio guarda-chuvas de tecidos
impermeáveis, se faço chover, é porque quero ficar molhada por inteira. Quer
saber? Agora me deu uma enorme vontade de saltar e ir até aí ver teu rosto
enquanto me lês. É eu sou louca, mas o mundo está em minhas mãos. Por falar em
minhas mãos, acabei de fazê-las em conchas e estou agorinha derramando umas
ondas na praia. Queres ir tomar banho? Nadar? Vai lá, podes ir! Mas lembre-me
mais tarde de adoçar o mar. Detesto o sal temperando o teu gosto...